Por Rachel Duarte
Ainda que não sejam dados do Brasil (ou Índia e China – que estão entre os países que mais usam redes sociais no mundo), a notícia é para mexer o mercado digital mais um pouquinho. Os usuários do Reino Unido e dos Estados Unidos estão passando mais tempo rolando o feed do TikTok do que assistindo a vídeos no YouTube. A informação é de um relatório divulgado pela empresa App Annie, especialista em análise de mercado de aplicativos.
Segundo o documento, a rede social chinesa "revirou o cenário de streaming e social media". Vale ressaltar, no entanto, que apenas o tempo médio por usuário do TikTok é maior. Em relação ao tempo geral, o YouTube ainda fica em primeiro por possuir mais usuários, cerca de dois bilhões mensais.
Além disso, o estudo da empresa analisou apenas a atividade de smartphones Android e não incluiu usuários da China, país de origem do TikTok. Atualmente, a rede social asiática é o aplicativo — a não pertencer ao grupo Facebook – mais baixado mundo na categoria Comunicação, Social e Entretenimento.
Tá e aí?
As mudanças nos formatos das plataformas para preferência nos vídeos verticais não vieram com a pandemia. Mesmo antes do boom do Tik Tok já existiam ensaios de atualizações no Instagram, por exemplo. Com a explosão do Tik Tok na pandemia surgiu Reels e Shorts no Youtube. Diferente do Instagram, Youtube historicamente sempre foi uma rede social de vídeos de maior retenção, para assistir em computador ou mesmo na tela da televisão. Na prática, nós da Repaginada, sentimos pouco impacto na prática com relação à rede do Google e seu formato de Shorts (vídeos curtos verticais). Nem de perto se tornou um game changer desde o lançamento dessa funcionalidade, em 2020.
Curiosamente, ou apenas coincidência, no mesmo dia da notícia sobre o comportamento dos usuários em relação ao Tik Tok no Reino Unido e EUA, Youtube disponibilizou uma pesquisa bem profunda e comparativa da experiência com a plataforma e as demais do mercado, obviamente, citando Facebook Watch, Reels e TiK Tok de forma mais recorrente.
Pode ter sido apenas mais um gesto de diálogo para com a comunidade, o que o Youtube faz muito bem e a léguas de superação das demais plataformas de rede social – na nossa opinião, mas, também demonstra que o mercado segue se ‘preocupando’ com o editor de vídeos chinês.
De um lado, ficamos contentes, porque puxa novidades e sempre surgem novas possibilidades a cada mudança nos apps. De outro, nos preocupa um pouco enquanto criadores de conteúdo para marcas, pois, a falta de originalidade das redes sociais vai deixando tudo muito igual e, muitas vezes, saturado.
Aguardemos cenas dos próximos capítulos.
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